sábado, 25 de outubro de 2008

Diário de um padre.


Ela, todo dia, estava na missa. Eu percebia. Aparentava ser uma religiosa fiel. Sempre à frente, perto do altar. Quando ela se distraía, não disfarçava o seu olhar virado sempre para mim. Era óbvio, eu na condição de padre, chamava toda a atenção. Mas daqueles olhos eu notava um olhar diferente. Havia algo ali, algo fora do comum. Uma vez por semana a moça de confessava. Seus pecados? Ah sim, eles me excitavam. A sua penitência sempre era grande, se comparada à dos outros fiéis. Não quero prolongar-me nesse assunto. Suo só de lembrar dele, mas seria impossível contar algum fato sem exemplificar alguma de suas aventuras.
Certo dia, vi a moça chegando agitada. Não pude deixar de notar o seu decote, exagerado demais, para entrar em uma igreja. Eu sabia que ela não costumava confessar-se naquele dia da semana, mas eu sentia que ela se dirigia ao confessionário, então, fui para lá, antes que ela chegasse. Ao entrar logo pediu minha benção. Informou-me que pecara e que, dessa vez, exagerara. Ela não era casada. Admitiu nunca ter querido. Então, adultério não estava na sua lista.

"Eu não pude me conter. Eu realmente tentei, mas não resisti à tentação. Estava eu, em um bar. Não via mulheres no local. Mas homens... ah, muitos. Barbudos, brancos, gordos, altos, negros, magros, carecas, baixos... Todos olhavam para mim. Eu estava vestida de preto. Com meu cabelo solto aos ombros, abaixo, meu decote se superava. Minha calça entrava pelas botas, salto fino, cano alto. Minha calcinha aparecia por trás. Fui de moto. No bar, segurava meu capacete e minhas luvas. Sabia-me sedutora, mas, eu já disse-lhe padre, às vezes eu me transformo e esqueço de meus princípios. Só queria beber algo, mas, aqueles olhares, me obrigavam a seduzí-los. Pedi uma cerveja. Bebi de forma sexy. O garçon não tirava os olhos de meus seios. Alguns homens se aproximaram, então saí, fui jogar sinuca. Para minha surpresa, eles me seguiram, me assustei. Me cercaram e se chegaram mais em mim. Quis me defender com o taco, mas tomaram-no de minha mão. Então, deixei-me ser tomada. Um por um me seguravam, me apalpavam, me despiam. Depois, fui penetrada. Meus olhos estavam vendados, com um lenço. Em uma hora, dois estiveram dentro de mim, ao mesmo tempo. Em outra, três. Deixei-me possuir. Entreguei-me.
Quando cansaram-se, o garçon se aproximou. Deitou-me na mesa de bilhar e invadiu-me de todas as formas possíveis. Quando minha consciência retornou, fui para casa, lavei-me e vim para cá".
Eu não nego e, apesar de ser padre, não envergonho-me de admitir que meu corpo tremia. Havia me masturbado ali, ali mesmo, enquanto ouvia sua história. Nada falei, sussurrei, depois de algum tempo, sua penitência. Como eu queria substituir suas rezas por outra penitência bem melhor...

Sempre tentei controlar-me. Mas, nesse dia, eu juro que quase fazia algo com ela.
Tendo se passado algum tempo, dias, ela foi cedo à igreja. A missa só começaria em uma hora e meia, informou-me que queria confessar-se. Entramos no móvel. Claro que ela de um lado, eu do outro. E mais uma história calorosa eu comecei a ouvir. Só que, diferentemente das outras ocasiões, nessa, eu não me aguentei. Pensando em suas lindas pernas, fui até lá onde ela estava. A moça assustou-se ao me ver. Calei seu grito com um beijo. Troquei seu tapa por um abraço. Substituí seu empurrão por uma puxada para junto de meu corpo. Soltei-a para ver sua a reação. Ela encostou-se na madeira e me chamou para perto. Toquei sua perna por trás. Subi para sua bunda, enquanto, com a outra mão, abria seu soutien. Raras foram as minhas experiências sexuais, da vida toda. Mas aquele tesão me dizia o que fazer.
Chupando seu pescoço, eu fazia com que ela gemesse e cravasse suas unhas em minhas costas. Tiramos as roupas, um do outro. Com uma mão em sua cabeça, abaixei-a. De modo que ela ficou de joelhos à minha frente. O resto ela entendeu e, colocando uma pastilha de menta em sua boca, ela abriu minha calça. Pôs o que meu estava ereto na boca, também.
(Ela era boa naquilo, a bala refrescava) Estava perfeito. Para não dar logo fim a tudo, virei-a, sentei-me e coloquei-a em meu colo. Minhas mãos contornavam seus mamilos. Ela se movia rápido, gemendo baixinho. Prostrou-se de frente para mim. Me algemava com as mãos, e sussurrou obscenidades em meus ouvidos. Paramos. Eu não usava camisinha e não queria me comprometer. Masturbando-me, terminei em seus seios. Ela espalhava o seu líquido por seu corpo, quando me levantei.
O sino da igreja anunciou que a missa começava. "Meu Deus! O que foi que eu fiz?" pensei. Recompondo-me depressa, saí, sem olhar em sua cara.
Eu tinha uma missa para rezar. Ela tinha muitas penitências a cumprir.

sábado, 18 de outubro de 2008

Prisão.

Eu já estava entrando no estado vegetativo. Não me lembro com clareza do que estava acontecendo, só recordo de muitas luzes e sirenes de polícia. Alguém me carregou ate um veículo, onde me depositou com descaso juntamente das minhas duas amigas que estavam comigo. Adormeci. Acordei quando uma pessoa me cutucou, eu já estava conseguindo distinguir melhor a realidade e as imagens ao meu redor, não eram mais apenas pontinhos em movimento aleatório. Levantei-me e olhei em volta, era um cômodo apertado com pessoas indo e vindo a toda hora tão apressadas que esbarravam em mim como se eu fosse invisível e não tinham a mínima decência de se desculparem. Era uma delegacia, e só consegui perceber isso quando o delegado se dirigiu a nós de modo bruto e deu sinal para os policiais nos carregarem até um corredor mal iluminado na ala norte. Arranjaram uma cela vazia e me jogaram lá dentro, mas conduziram minhas amigas novamente para o escritório. Provavelmente as liberariam porque eram maiores de idade, consumir drogas não fazia parte da lei para menores como eu. Estava cansada demais para pensar na bronca que eu levaria dos meus pais quando retornasse para casa, mas muito ativa para ficar parada. Ouvi vozes durante quase duas horas, pessoas discutindo, brigando, gritando e resolvendo casos criminais, embora minha cela não fosse tão isolada assim a ponto de não saber o que ocorria nas outras. Minutos depois, um baque. A enorme porta por onde eu entrara se abriu e um policial passou por ela. Ele era bonito, recordo-me, e tinha uma tatuagem de dragão no braço direito. Abriu minha cela e quando pensei que finalmente estava livre e ia passar por essa sem ocasiões conturbadas, ele entrou. Entrou e me fitou nos olhos firmemente, não estava disposto a negociar. Por algum motivo, aquela situação era empolgante, não sei se era por causa da droga que ainda estava fazendo efeito ou se era porque eu estava realizando uma fantasia. Ele segurou meu braço com voracidade e me puxou para junto dele, segurando o outro para que se certificar de que eu não iria escapar. Ele sabia que eu não ia gritar, era óbvio, alguma coisa no meu corpo pedia por aquilo involuntariamente. Sem dizer nada, ele abocanhou o meu pescoço vorazmente, como um animal a atacar sua presa, e eu o abracei. Ele me pôs contra a parede suja e fétida da cela e eu encaixei a minha perna na lateral de seu quadril quando ele foi capaz de me arrancar um gemido abafado. Abriu minha camisa de botões sem paciência, escancarando-a, e jogou-a para um canto. Não me contive, aquela selvageria era excitante demais, de modo que mais e mais ruídos deixavam os meus lábios. A maciez de seus lábios aveludados ainda me aflorava o pescoço, eu podia senti-los deslizar com malícia. Agarrei em seus cabelos e ele me suspendeu no ar, fazendo com que eu enlaçasse seu quadril com as duas pernas e o contornasse. Sua língua de luxúria descera até um dos meus mamilos, contornando-o, provocando-o, lambendo-o. Apesar de sua violência anterior, seus atos naquele momento eram lentos, embora intensos, e me faziam delirar. Eu estava ficando louca, gemia sem me conter. Podia sentir sua mão que se apoiava em minhas costas descer até minhas nádegas e apertá-las com vontade, forçando ainda mais o contato entre nós. Manteve-me no ar com uma das mãos e usou a outra para descer o zíper da parte inferior de seu uniforme oficial, liberando seu membro, já rígido, voltando a me abraçar. O roçou na minha intimidade bem lentamente, brincando, provocando, sentindo como era o contato direto entre eles antes de me comer ali. Fechei os olhos, era demais pra mim. Naquele momento, como em nenhum outro, eu gemi, gemi porque aquele contato era forte demais, era demais pra mim. Escancarei sua camisa também, revelando as gotas de suor que percorriam-lhe tórax, descendo as unhas por ali, puxando a carne, arranhando. Quando eu estava distraída com a brincadeira, ele me penetrou. Penetrou fortemente, tão abruptamente que chegou a doer. Gritei alto desta vez, agarrada aos seus cabelos. Aquela sensação boa continuou por algum tempo, o contado do meu suor ao dele, da minha barriga e até dos nossos gemidos algemados era tudo naquele momento. Antes do ápice, ele me desceu e me pôs-me de quatro no chão, voltando a me penetrar até mais vorazmente que antes. Eu podia sentir seu membro pulsar dentro de mim. - Geme, vadia! – ele mandava, e eu obedecia. Passou a dar tapas em minhas nádegas, tapas fortes, que deixavam a marca de seus cinco dedos perfeitamente. Eu gemia sempre que ele fazia isso e a cada estancada. Por cima da minha perna ele desceu a mão livre e a pousou sobre a minha parte frontal, distribuindo masturbação intensa. Eu me movia junto com ele, nossos movimentos estavam unificados, até gozamos juntos e ao mesmo tempo. Pude sentir aquele líquido quente me invadir e alcançar cada órgão, cada célula do meu corpo, nunca havia me sentido tão bem daquele jeito. Mas estava exausta, mais do que quando cheguei, e ele não ligou. Saiu da cela e cuspiu no chão depois dela, sem olhar para trás, querer saber o meu nome ou até o meu rosto. Não importa, eu passaria ali mais vezes nos dias que se seguissem.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

'boneca inflável inflamável'



Não sei como contar essa história daqui de onde estou. Parecerá meio macabro, assustador. Mas não posso conter-me.
Ela estava sentada ali, na cadeira erótica do motel. Um batom vermelho combinava com seu sapato alto, e o contraste com sua pele branca deixava tudo ideal. Uma lolita linda e provocante.
Ao ver-me, logo se levantou. Tirou a roupa e me olhou sinistramente. Passou a língua pelos lábios volumosos e depois apertou os seios contra o próprio corpo. Eu me aproximei, acho que era o que ela queria. Peguei-a pela cintura e senti seu cheiro de perfume barato.
- Eu trouxe uma faca para que possamos brincar. Você gosta desse tipo de coisa não é?- Quis saber, eu.
- Você é muito engraçadinho. Mas um pouco de sangue deixaria tudo mais excitante.
Empurrei-a para a cama, virei-a de costas para mim. O motel era vagabundo, tão quanto minhas atitudes naquele momento.
Sem piedade, penetrei-na por trás, analmente, com força e velocidade. Ela gritava, gemia, chorava, ficava sem ar. Ela pedia para eu parar, pedia para eu continuar. Eu continuava e senti que a garota havia perdido os sentidos abaixo de mim. Como poderia ela ter desmaiado com aquilo? Mas eu não quis saber. Fiquei ainda mais excitado, continuei.
Você ja comeu um corpo incosciênte? É mágico. O sexo estava tão quente mas ao mesmo tempo morto. Suas coxas eram tão lisas e macias que as vezes escorregavam por minhas mãos, sua cara estava ali,tão calma, tão sem alma, tão desmaiada, tão tomada por mim. Eu gostava.
Para minha tristeza, ela acordou. E pareceu gostar do meu movimento, Ela pedia. Pedia que eu lhe batesse, pedia que eu lhe xingasse, pedia que eu lhe forçasse mais e mais.
Com a faca em minhas mãos, fiz um corte em seu braço esquerdo. Ela gemeu um gemido que me ‘eretou’ ao máximo. O sangue escorria pelos lençois já vermelhos da cama redonda.
Soltei o seu corpo e fui até a janela pegar ar. Depois de respirar bem olhei para trás e deparei-me com ela espalhando o sangue pela pele, e se masturbando com ele.
Agitei-me e avancei sobre aquele corpo vazio de esperança. Eu a mataria depois de concretizado meu orgasmo. E ela parecia saber disso.
- Eu quero te matar, uma ninfeta assim como você me excita tanto, que só uma atitude dessas satisfará minha vontade.
Ela me chamou, colocando as mãos por trás do meu corpo, me agarrando forte, me chupou. À princípio, devagar. Depois lambia o meu pau com desejo. Segurou-o com as duas mãos. Nesse momento passei minha arma cheia de sangue, mais uma vez, em seu corpo. Agora do começo de suas costas, até o final. De baixo para cima. Um orgasmo se aproximava, não queria evitá-lo.
Quando senti meus olhos se revirarem, soltei seus cabelos, com os quais a puxava para mim. Soltei a faca ensagüentada, no chão, ouvindo o seu estalar. E respirei forte. Mas, logo em seguida, uma dor imensa me tomou. A safada havia,com a faca recém largada, penetrado minha barriga. Descendo, assim, até um pouco em cima do meu orgão. Parou aí, acho que por pena. Ou por horror. Dei dois passos. Em busca de um gesto de atenção. O que ela havia acabado de fazer me dera uma vontade incrível dela. Mas era tarde demais.
Eu caí no chão conformado e invejoso, vi tudo rodar. Com meus olhos de pouca visão a via indo embora. Nua, suada, de sapatos altos, vermelhos, com uma faca de cor tão viva quanto, nas mãos, e pegando o seu pagamento: minha carteira, para ela, mais valiosa, que minha vida.

Perigo.

O shopping não era o melhor lugar do mundo, na verdade eu preferia estar com meus amigos em um parque ou na casa de um deles, mas eu não podia evitar. Por mais que eu negasse para mim mesma e repetisse a mesma coisa centenas de vezes, eu sempre acabava indo parar no mesmo lugar. Sempre usava uma desculpa, dizia que ia comprar um remédio ou alguma coisa no supermercado, mas passei a fazer isso tão repetidamente que se tornava uma verdade até para mim antes de pôr os pés naquele lugar, já que depois disso eu me tocava que tinha feito de novo. Ele estava ali, era o local de trabalho dele, afinal, porque ele não estaria? Já estava começando com aquela mania de falar sozinha novamente.
Sorriu ao me ver, e eu não pude deixar de notar as ondas bem formadas nos fios de cabelo amendoados e pomposos dele. Parecia um deus grego, e não era a primeira vez que eu me perdia naqueles olhos verdes. Já que estava ali, não adiantava mais fazer doce. Aproximei-me e o cumprimentei, ele era ainda mais bonito de perto. Para disfarçar, peguei uma roupa em um dos cabides presentes na loja e mencionei que iria experimentar, pedindo uma indicação de onde ficava o provador. É claro que eu sabia onde ficava, mas tudo era pretexto para dirigir-lhe a palavra. Ele me levou até lá e eu entrei. Provei a roupa, afinal, eu tinha bom gosto até numa situação dessas. Quando eu estava prestes a vestir as minhas peças, ele adentrou. Estava ofegante, me olhava tão fixamente que eu chegava a tremer. Na hora, eu não sabia muito o que fazer, embora eu não precisasse, já que ele me enlaçou com o braço direito tão vorazmente que eu não tive tempo para reagir.
Senti o meu corpo colado ao dele e sua respiração ofegante, que banhava o meu nariz até o momento em que eu pude sentir seus lábios aveludados sobre os meus. Enlacei-o pelo pescoço com as duas mãos e ele, em resposta, agarrou em minhas duas pernas e me suspendeu no ar, de modo que eu ficasse apoiada à parede do provador. O toque dele era macio e romântico, ao mesmo tempo que sutil, e seus movimentos eram experientes. Manteve-me no ar com uma das mãos e afastou o meu vestido escarlate com a outra, para cima, adentrando a minha calcinha de renda com a mão livre, tocando a minha intimidade diretamente. Primeiro ele só brincava, mas depois de um tempo e sob minhas súplicas sussurradas, ele me invadiu com dois dedos, me fazendo pular, simultaneamente abocanhando meu pescoço. Eu puxava seus cabelos, parecia que ia explodir de tanto prazer, era uma sensação maravilhosa, surreal, ir às nuvens e voltar ainda melhor. Eu podia sentir a sua ereção pulsar e, nesse momento, ele não esperou mais. Ainda me sustentando contra a parede, abaixou o zíper da própria calça, a minha calcinha e me penetrou. Primeiro, foi devagar, me descendo de forma lenta e intensa, só para sentir cada pedacinho meu. Depois me subiu, e me desceu novamente, iniciando um movimento de vai e vem quente e esforçado. A cada estancada que ele dava, era um gemido meu, mas eu não podia fazê-lo muito alto, as pessoas que estavam na loja poderiam ouvir, embora minha vontade fosse gritar. O movimento ficou mais intenso, ele me agarrava forte pela cintura e eu me prendia ao seu pescoço, enlaçando o quadril do moreno com as duas pernas. Pouco tempo depois, não pude me conter em liberar a minha excitação, e ele a dele, pois havíamos chegado ao ápice juntos. Ele me segurou e me abraçou ao fim, sem forças e respirando mais ofegante que eu, e eu entendi o porque de ter sido tão bom: o perigo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Você nunca me enganou.

Às vezes acho que ele percebia. Só podia perceber, se não, era um retardado. Eu o olhava com aquela cara sexy, ensinuava meus seios volumosos, brincava com a caneta na boca, estava virada sempre em sua direção, porém, nada. Ainda sim, acho que ele notava. Em certos momentos eu até soltava algumas indiretas, alguns suspiros desejosos. E, de acordo com sua expressão, eu sentia que ele estava muito afim. Se, antes, ele me negava, tenho certeza de que era, apenas, pelas nossas posições: eu aluna, ele professor.
Então, cansada de tanto desperdiçar meu tempo com tentativas fracassadas e tolas, e de saber que ele, como profissional que era, nunca iria agir por mim, ou até mesmo correspondê-las, resolvi dar um passo maior.
Naquele dia eu tinha que entregar um trabalho. Uma pesquisa que o professor nos mandara fazer. Esperei todos saírem da sala, alegando ter dúvidas na matéria e dificuldades para me concentrar na presença de tantos colegas, e ele aceitou. Não me tiro da cabeça que o safado sabia o que eu queria, só podia saber, por isso ficou.
Nossa classe era grande, gelada. Com poucas cadeiras restava muito espaço ali. E, sem os alunos, os condicionadores de ar pareciam funcionarem cada vez mais fortes.
Ele me chamou à carteira onde estava. Eu o olhava de longe, enrolando as pontas do cabelo, chupando um pirulito de um modo tão sensual quanto erótico, excitante. Fui até lá, devagar. Sentia, não sei porque, coisas estranhas acontecerem no meu corpo. Sentia um calor gigante entre as pernas, inexplicavelmente.
Quando me aproximei, fui surpreendida. Ele levantou rapidamente e manteve o corpo perto do meu, quase colado. Respirava devagar. Olhava nos meus olhos. Desceu as mãos e colocou-as em minhas coxas. Alizando-as vagarozamente. Colocando-as, em seguida, na minha bunda, puxou-me para perto de seu corpo. Eu pensei que ele fosse me beijar. Mas sua boca não ligou-se à minha, e sim, desceu para o meu pescoço, o que me arrepiou toda. Fiquei sem ação, e sem entender o porque de eu não estar feliz. Mas parecia ir perdendo a consciência e ir tornando-me uma pessoa vulgar, mais e mais.
O professor me encostou em seu birô. Abrindo meu zíper tão rápido, acabou por quase quebrá-lo. E eu sem me mover. Ele abaixou minha calça, e colocou a mão por dentro da minha calcinha. Um dedo, ele enfiou em mim. O olhei assustada. Dois dedos, ele enfiou em mim. Logo mudei minha expressão para uma de satisfação. Três dedos ele enfiou em mim. Um gemido misturado com respiração, eu soltei. Com isso, acho que por ele ter gostado, agarrando-me pelas coxas de uma maneira faminta, colocou-me em cima do móvel. Minha blusa foi tirada de um jeito sexy, esfregando-a no meu corpo. O meu sutiã, que abria pela frente, estava pedindo para largar de mim. Meu mestre pareceu entender.
Eu estava ali, semi-nua, sem saber o que fazer. Mas eu não precisava. Meu professor, honrando sua profissão, dizia-me exatamente como agir.
Depois, ao olhar meus seios expostos, ele começou a chupá-los. Nunca aquilo havia sido tão bom em meu corpo. Sentia uma gratidão imensa em tê-lo comigo, depois de tantos anos de desejo, de tantas masturbações em sua ‘homenagem’. O prazer me levava ao êxtase. Segurei com força na quina do birô. Gemi, mais uma vez. Mal sabia eu que os próximos gemidos não me controlariam por apenas sensações agradáveis, e sim, por dores insuportáveis, porém, excitantes. Em um movimento ligeiro, ele me abaixou o sufiente para que seu pênis estivesse entre os meus peitos, o professor os apertava contra seu orgão, e gemia, baixinho.
Ele me desceu, ele me virou e ele me falou:
- Você não se importa em fazer sexo anal não é?
Tolo, quase que estraga tudo. Sexo lá é hora para se falar algo? Sem que eu respondesse ele começou. À princípio quase gritei. Depois, fui me acostumando com a dor. Uma dor, só bem aceita, simples e unicamente, porque aquele homem fora, desde muito tempo, meu símbolo sexual.
Para não me deixar sem nada, o professor me masturbava. Mas eu não entendia como aquele tipo de transa me dava prazer mesmo sem isso. Apenas com o seu sexo para fora, ele me comia rápido, com muito desejo. Enquanto eu imaginava se já havia, algum dia, sido inspiração sua nos banhos da vida.
Um barulho veio de fora da classe. Olhamos mecanicamente. Alguém nos via pela janela. Para minha tristeza, ele parou.
Recompondo-se depressa, me olhava nervoso.
- Isso nunca aconteceu.
Foi o que eu escutei, antes de ele sair suado da sala.
Não foi o suficiente para mim, eu queria mais. Eu teria mais.

Como transformar uma fantasia em realidade.

(Eu não sei por que, mas ele parecia me controlar. De uma forma tão surreal que dizer o que aconteceu entre nós naquela noite, é impossível. Apenas, fui me deixando levar por suas atitudes que me incentivavam a fazer coisas inexplicáveis, parecia ser outra pessoa em meu corpo. A música como sempre presente, me embriagava, o cheiro dele me drogava, a sua presença me envolvia.
Fui me deixando levar pelo desejo e pela intuição. E eu me perguntava até que ponto tinha experiência naquele tipo de coisa. Tudo tinha sumido da memória, eu não sabia como, não sabia o que fazer, mas meu corpo se movia, parecia ter vontade própria, parecia que eu não o controlava, parecia interpretar meus desejoss mais íntimos e desconhecidos até então por mim. Eu não estava sóbria, não estava sã, não estava cônscia. Não estava em mim.
Entenda, não digo que fiz algo por estar fora de minha lucidez, o que digo é que aquilo não parecia ser real. Apesar de nada ter tomado, não me sentia consciente das ações
)

Não, não sei como fui parar ali, apenas me via chegando, desnorteada. Meu pés andavam sozinhos, moviam-se por si sós. Ele me esperava encostado em uma poltrona. O olhar um pouco safado, um pouco misterioso, um pouco erótico. Aquele olhar me chamava, me dizia o que fazer. Parecia mandar em mim.
-
Sim sr.
Me aproximei, com uma mão no seu pescoço, ele com uma na minha cintura, beijei-o.
Senti algo de diferente naquele beijo.
Senti algo excitante crescer um pouco abaixo, encostando em mim. Nunca me senti tão menina assim. Tão mulher.
Sua mão subiu até meus cabelos, puxou-os com delicadeza, viramos. Ele se sentou na poltrona e me levou para junto dele, em seu colo. Nada falávamos. Não precisávamos falar. Senti seus dedos tiratem o meu vestido. Senti-os passeando pela minha pele, pelas minhas costas, pelos meus seios, pelos meus braços. Senti sua respiração acelerar. Não sei como fui parar de joelhos em sua frente. Olhava pra ele debaixo, enquanto desabotoava seu jeans. Ele virou o rosto, parecia não suportar a cena, olhou pra cima e respirou mais forte. Comecei, modestia à parte, eu sempre me garanti naquilo. Ele pareceu concordar. Notei isso quando suas mãos fechavam-se com força à minha frente. Passado um tempo, fui chamada a se levantar. Minha calcinha, que eu ainda usava, foi tirada. E sentei, novamente, em seu colo, porém, dessa vez, de costas.
Por menos ou mais prazeroso que possa ser o ato sexual, sempre é bom sentir a penetração. Suas mãos estavam nas minhas coxas, por dentro. Assim ele sempre abria mais minhas pernas. Meus gemidos pareciam sincronizarem-se com a música. Aquilo era muito excitante, e, sentir ele me levantar e me colocar no chão (em quase todas as posições possíveis, uma depois da outra), era mais ainda.

Em nada eu conseguia pensar. Aquela sensação indiscritível me controlava e só. Mas nós terminamos e ficamos um do lado do outro. Quando nossa respiração voltou ao normal, olhando pro teto, concordamos que sim,
fora a melhor, em meio à tanta experiência.


(eu tinha que postar isso ;x)