sábado, 18 de outubro de 2008

Prisão.

Eu já estava entrando no estado vegetativo. Não me lembro com clareza do que estava acontecendo, só recordo de muitas luzes e sirenes de polícia. Alguém me carregou ate um veículo, onde me depositou com descaso juntamente das minhas duas amigas que estavam comigo. Adormeci. Acordei quando uma pessoa me cutucou, eu já estava conseguindo distinguir melhor a realidade e as imagens ao meu redor, não eram mais apenas pontinhos em movimento aleatório. Levantei-me e olhei em volta, era um cômodo apertado com pessoas indo e vindo a toda hora tão apressadas que esbarravam em mim como se eu fosse invisível e não tinham a mínima decência de se desculparem. Era uma delegacia, e só consegui perceber isso quando o delegado se dirigiu a nós de modo bruto e deu sinal para os policiais nos carregarem até um corredor mal iluminado na ala norte. Arranjaram uma cela vazia e me jogaram lá dentro, mas conduziram minhas amigas novamente para o escritório. Provavelmente as liberariam porque eram maiores de idade, consumir drogas não fazia parte da lei para menores como eu. Estava cansada demais para pensar na bronca que eu levaria dos meus pais quando retornasse para casa, mas muito ativa para ficar parada. Ouvi vozes durante quase duas horas, pessoas discutindo, brigando, gritando e resolvendo casos criminais, embora minha cela não fosse tão isolada assim a ponto de não saber o que ocorria nas outras. Minutos depois, um baque. A enorme porta por onde eu entrara se abriu e um policial passou por ela. Ele era bonito, recordo-me, e tinha uma tatuagem de dragão no braço direito. Abriu minha cela e quando pensei que finalmente estava livre e ia passar por essa sem ocasiões conturbadas, ele entrou. Entrou e me fitou nos olhos firmemente, não estava disposto a negociar. Por algum motivo, aquela situação era empolgante, não sei se era por causa da droga que ainda estava fazendo efeito ou se era porque eu estava realizando uma fantasia. Ele segurou meu braço com voracidade e me puxou para junto dele, segurando o outro para que se certificar de que eu não iria escapar. Ele sabia que eu não ia gritar, era óbvio, alguma coisa no meu corpo pedia por aquilo involuntariamente. Sem dizer nada, ele abocanhou o meu pescoço vorazmente, como um animal a atacar sua presa, e eu o abracei. Ele me pôs contra a parede suja e fétida da cela e eu encaixei a minha perna na lateral de seu quadril quando ele foi capaz de me arrancar um gemido abafado. Abriu minha camisa de botões sem paciência, escancarando-a, e jogou-a para um canto. Não me contive, aquela selvageria era excitante demais, de modo que mais e mais ruídos deixavam os meus lábios. A maciez de seus lábios aveludados ainda me aflorava o pescoço, eu podia senti-los deslizar com malícia. Agarrei em seus cabelos e ele me suspendeu no ar, fazendo com que eu enlaçasse seu quadril com as duas pernas e o contornasse. Sua língua de luxúria descera até um dos meus mamilos, contornando-o, provocando-o, lambendo-o. Apesar de sua violência anterior, seus atos naquele momento eram lentos, embora intensos, e me faziam delirar. Eu estava ficando louca, gemia sem me conter. Podia sentir sua mão que se apoiava em minhas costas descer até minhas nádegas e apertá-las com vontade, forçando ainda mais o contato entre nós. Manteve-me no ar com uma das mãos e usou a outra para descer o zíper da parte inferior de seu uniforme oficial, liberando seu membro, já rígido, voltando a me abraçar. O roçou na minha intimidade bem lentamente, brincando, provocando, sentindo como era o contato direto entre eles antes de me comer ali. Fechei os olhos, era demais pra mim. Naquele momento, como em nenhum outro, eu gemi, gemi porque aquele contato era forte demais, era demais pra mim. Escancarei sua camisa também, revelando as gotas de suor que percorriam-lhe tórax, descendo as unhas por ali, puxando a carne, arranhando. Quando eu estava distraída com a brincadeira, ele me penetrou. Penetrou fortemente, tão abruptamente que chegou a doer. Gritei alto desta vez, agarrada aos seus cabelos. Aquela sensação boa continuou por algum tempo, o contado do meu suor ao dele, da minha barriga e até dos nossos gemidos algemados era tudo naquele momento. Antes do ápice, ele me desceu e me pôs-me de quatro no chão, voltando a me penetrar até mais vorazmente que antes. Eu podia sentir seu membro pulsar dentro de mim. - Geme, vadia! – ele mandava, e eu obedecia. Passou a dar tapas em minhas nádegas, tapas fortes, que deixavam a marca de seus cinco dedos perfeitamente. Eu gemia sempre que ele fazia isso e a cada estancada. Por cima da minha perna ele desceu a mão livre e a pousou sobre a minha parte frontal, distribuindo masturbação intensa. Eu me movia junto com ele, nossos movimentos estavam unificados, até gozamos juntos e ao mesmo tempo. Pude sentir aquele líquido quente me invadir e alcançar cada órgão, cada célula do meu corpo, nunca havia me sentido tão bem daquele jeito. Mas estava exausta, mais do que quando cheguei, e ele não ligou. Saiu da cela e cuspiu no chão depois dela, sem olhar para trás, querer saber o meu nome ou até o meu rosto. Não importa, eu passaria ali mais vezes nos dias que se seguissem.